BREVES NOTAS – SOBRE CIÊNCIA. SOBRE MEDO. SOBRE AS LIGAÇÕES.

05/07/2016 15:41

338 páginas – 1ª edição – 2010

 

ESGOTADO

 

O escritor Gonçalo M. Tavares é um dos autores mais importantes da atual literatura portuguesa. Celebrado por autores como José Saramago e Antonio Lobo Antunes, tem cerca de 30 livros publicados em mais de 20 países entre romances, poesia, pequenas narrativas, teatro etc. Recebeu os mais importantes prêmios de língua portuguesa: o Portugal Telecom 2007, o Prémio José Saramago 2005 e o Prémio LER/Millennium BCP 2004 com o romance Jerusalém.

Um trecho do texto do caderno de apresentação intitulado O Impacto da Impressão, escrito pela poeta e pesquisadora Júlia Studart, que se dedica ao trabalho de Gonçalo M. Tavares em seu doutoramento [UFSC/CNPq], aponta para a importância dessa publicação realizada a partir de uma parceria da Editora da UFSC com a Editora da Casa:

"Os livros Breves notas sobre ciência [2006], Breves notas sobre o medo [2007] e Breves notas sobre as ligações (Llansol, Molder e Zambrano) [2009], do escritor angolano-português Gonçalo M. Tavares [Luanda, 1970], foram editados em Portugal em separado seguindo os respectivos anos de indicação; agora, publicados no Brasil pela Editoras da UFSC e da Casa, vêm nessa caixa-estante que indica o protocolo que ele armou para estes livros: o da enciclopédia. Este termo é uma espécie de etiqueta que constitui um 'modo de uso' e de 'como ler'; é também um dos nomes que são usados para identificar os livros que compõem as séries que escreve e que mantêm entre si uma linha ou fronteira de textos comum. São termos de apreensão que ele dá ao leitor: Livros pretos [O Reino], Livros pretos
[Canções], O Bairro, Estórias, Enciclopédia, Bloom Books, Poesia, Teatro, Arquivos e Investigações. Uma espécie de mapa auto-referente que desenha um lugar para seu trabalho espalhado por tantos livros; uma experiência intelectual que se apropria do ensaio para compor um laboratório ficcional de sensações, como processo, que resulta “metodicamente sem método” em sua liberdade de espírito, no seu procedimento anacrônico, livre e descontínuo, aberto e fechado ao mesmo tempo. Um procedimento muito próximo de um estado de dança: um projecto para uma poética do movimento."