396 páginas – 2ª edição – 2014
No início do século XX, o jovem filósofo britânico G. E. Moore revitalizou a filosofia moral argumentando, no seu influente tratado Principia Ethica (1903), que todos os trabalhos anteriores de ética eram defeituosos, pois cometiam um erro sério – a falácia naturalista. A validade da acusação de Moore permanece sendo discutida até hoje e, no começo do século XXI, é bom dar as boas-vindas a este trabalho feito por um jovem filósofo brasileiro, Darlei Dall'Agnol, que apresenta um modo radicalmente novo de pensar sobre o trabalho de Moore, incluindo a construção de uma versão supostamente válida do argumento da falácia naturalista. Dall'Agnol argumenta que Moore sistematicamente confunde um modo de pensar sobre valores que é abstrato, platônico, com uma perspectiva mais concreta, aristotélica, segundo a qual o valor intrínseco é aquilo que é valioso de se ter por si mesmo. Tendo feito essa distinção, Dall'Agnol argumenta que é possível fazer uma reconstrução "aristotélica" da teoria ética de Moore que não é vulnerável a muitas das objeções normais que são feitas a Moore e que proporciona um modo útil e geral de pensar sobre os fundamentos da moralidade. Este parece ser um trabalho muito promissor que melhora nossa compreensão tanto do trabalho de Moore quanto da ética.

166 páginas – 1ª edição – 2014
O livro oferece fundamentos, propostas e reflexões sobre a experimentação no ensino de Química, especialmente para a educação superior. Discutem-se questões como a experimentação e sua relação com a aprendizagem, as várias abordagens metodológicas para experimentos de Química Geral na educação superior e a experimentação no ensino de Ciências articulada à formação docente.

158 páginas – 1ª edição – 2014
Vários animais, sobretudo voláteis, povoam a poesia de Umberto Saba: o presente volume reúne, além de alguns célebres poemas isolados que tematizam a relação do homem com o animal, os quatro breves últimos livros do poeta, em que o tema se faz cada vez mais presente e significativo. Há certamente muito a descobrir relendo a poesia de Saba à luz dessa atração pelos animais enquanto representantes da vida instintual, fundamental, contraposta à vida racional e às suas proibições e limites à liberdade e à verdade dos desejos e dos amores.

400 páginas – 1ª edição – 2014
Existem muitos títulos sobre o golpe de 1964, mas bem poucos tratam de aspectos tão diversificados quanto este. No que diz respeito a Santa Catarina, é absolutamente inovador. O livro aborda a vida de vários grupos sociais durante diferentes períodos da ditadura no estado. Desenvolve tópicos ligados à política, à economia, aos costumes, aos problemas regionais, aos trabalhadores do campo e da cidade, ao meio ambiente, ao movimento negro, às relações de gênero e às comunidades indígenas. O peso das lideranças civis que aderiram ao regime e a recuperação de uma série de lutas e experiências locais em que ressoam outras experiências brasileiras e latino-americanas fazem desta obra uma importante contribuição à historiografia brasileira.

128 páginas – 1ª edição – 2014
ESGOTADO
Este livro, originalmente publicado nos Estados Unidos há uma década e meia, é um marco na obra de Judith Butler. Nele, está desenvolvido um dos eixos centrais de sua reflexão teórica feminista: a tensão entre as regras – representadas pelas leis do Estado – e o desejo dos sujeitos, expresso e vivido através de práticas sociais inovadoras e transformadoras.
Antígona, personagem que por muito tempo perdeu espaço para Édipo nas interpretações da obra de Sófocles, foi retomada por teóricas e militantes feministas contemporâneas como um exemplo da revolta das mulheres e da luta contra o Estado. Judith Butler aqui vai além das leituras tradicionais, a partir de um intenso diálogo com Hegel e Lacan.

403 páginas – 1ª edição – 2014
As críticas dirigidas às condições e às relações de trabalho se impõem como uma força particular porque o trabalho cristaliza um conjunto de mecanismos e de relações sociais particularmente propícias à manifestação do sentimento de injustiça. O trabalho é um estatuto, um valor de troca, uma atividade criativa, e cada uma dessas "naturezas" remete a um princípio de justiça, notadamente à igualdade, ao mérito e à autonomia. Desvelar esta arqueologia do trabalho, nas experiências profissionais, é o objetivo principal desta obra.

248 páginas – 1ª edição – 2014
Estudo que abriu de forma pioneira a compreensão das povoações mineradoras à luz da reconstituição histórica de conceitos exatamente contemporâneos à sua formação. A arte do urbanismo conveniente apresenta uma visão alternativa e renovadora para a história do urbanismo colonial luso-brasileiro. Contrariando a visão da historiografia tradicional – desde os viajantes do século XIX, passando por Sérgio Buarque de Holanda e os modernistas – de que essas povoações seriam "espontâneas", "irregulares" e "desordenadas", A arte do urbanismo conveniente nos conduz extamanete ao oposto dessas classificações anacrônicas. A partir de uma extensa e cuidadosa pesquisa de documentos primários inéditos e de tratados de arte, arquitetura e engenharia autorizados no século XVIII, o autor propõe que aquelas povoações sejam compreendidas sob a consideração de conceitos de ordem, regularidade, decoro e conveniência vigentes naquele tempo.

234 páginas – 1ª edição – 2014
O leitor irá encontrar nessas páginas um conjunto de análises formuladas sobre distintas questões que apresentam em comum um exame crítico da sociedade capitalista. O livro conta, em especial, com temas que abordam as políticas sociais e a profissão de Serviço Social. Resultado da prática analítica de pesquisadores dessa área – do Programa de Pós-Graduação/UFSC -, as reflexões dialogam com todos aqueles que tomam como desafio cotidiano o entendimento da realidade que nos afeta, diretamente, como pesquisadores e cidadãos.

128 páginas – 1ª edição – 1987
Santa Catarina, desde o início do século, entrou no circuito brasileiro de exibição cinematográfica e desde então vem repetindo a tradição, também brasileira, de colocar a produção local em segundo plano. Tem um cinema esquecido, sem exibição sistemática, e que nunca mereceu uma análise mais criteriosa.
Dessa realidade, surgem questões: existe o "cinema catarinense"? Quem faz ou fez cinema em Santa Catarina? Quais as condições de produção? Por que tantas dificuldades para exibir? O objetivo dessa pesquisa é aprofundar o conhecimento sobre o cinema catarinense.

134 páginas – 3ª edição – 2014
Um livro é um ser vivo. Nasce de um sonho e de uma necessidade: o sonho de contribuir para uma melhor formação e a necessidade de construir aulas em que a excelência sempre aponte para um patamar mais alto, cujo destino é jamais ser alcançado. Trata-se de um livro adulto, apresentado em nova edição, testado na interação entre professores e alunos. Nas veias e artérias deste livro-ser circulam as palavras, os discursos, as queixas de alunos e professores que, por mais de duas décadas, frequentaram as salas de aula do prédio do Básico, o mais antigo da UFSC. Apostilas que crescem ano a ano com a introdução de muitos materiais traduzem uma obra coletiva feita por centenas de mãos. Organizar um livro como este é como resgatar obras históricas, cuidando para se preservarem as tintas originais com que se construíram as catedrais góticas do conhecimento, com elementos de todos os que peregrinaram pelas salas dessas escolas eternas em busca do saber, seguindo uma tradição que se insinua desde a pré-história, quando os construtores se ergueram das cavernas para transformar o mundo. O destino das apostilas, neste ir e vir, entre acréscimos e subtrações, é o de se transformarem em livros, bons livros, costurados pelo tempo, testados e retesados pelo seu uso em centenas de ocasiões. Nada como a têmpera do tempo para aperfeiçoar uma obra.
